[sem título]
Por: Florbela Espanca
Eu queria ser o Mar ingente e forte
O mar e norme, a vastidão imensa...
Eu queria ser a árvore que não pensa,
Que ri do mundo vão e até a morte...
Eu queria ser o Sol, o irmão do Mar
O bem do que é humilde e pobrezinho...
Eu queria ser a pedra no caminho
Que não sofre a tortura do pensar...
Mas o Mar também chora de tristeza...
E a árvore também, como quem reza,
Levanta aos céus os braços como um crente!
E o Sol cheio de mágoa ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia,
E as pedras, essas, pisa -as toda a gente...
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Poema enviado em 23/05/2025