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JUNQUILHOS...

Por: Florbela Espanca

Nessa tarde mimosa de saudade
Em que eu te vi partir, ó meu amor,
Levaste -me a minha alma apaixonada
Nas olhas perfumadas duma flor.
E como a alma, dessa florzita,
Que é a minha, por ti palpita amante!
Oh alma doce, p equenina e branca,
Conserva o teu perfume estonteante!
Quando fores velha, emurchecida e triste,
Recorda ao meu amor, com teu perfume
A paixão que deixou e que inda existe...
Ai, diz -lhe que se lembre dessa tarde,
Que venha aquecer -se ao brando lume
Dos me us olhos que morrem de saudade!
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Poema enviado em 23/05/2025